sábado, 6 de fevereiro de 2010

Quando olhas para mim...


Quando olhas para mim...
Os números racionais viram irracionais
Os reais imaginários 
E os complexos ficam perplexos 

Quando olhas para mim...
O triângulo fica móvel 
O círculo, quadrado 
E o quadrado fica reverso 


Quando olhas para mim... 
Os conjuntos ficam sem elemento, 
Os subconjuntos, maiores que os conjuntos 
E o vazio desaparece. 

Quando olhas para mim... 
Os múltiplos viram primos, 
Os primos, irmãos 
E todos os números são divisíveis 


Quando olhas para mim... 
Os deltas ficam negativos, 
As equações não têm raízes 
E as funções sem domínio. 

Quando olhas para mim... 
As derivadas ficam sem limite, 
Os gráficos, sem inflexão 
E as tangentes nem se tocam. 


Quando olhas para mim... 
Os poliedros ficam sem faces, 
O côncavo vira convexo 
E o teorema de Euler fica sem nexo. 

Quando olhas para mim... 
O sistema fica impossível, 
A matriz redonda 
E o determinante se anula 


Quando olhas para mim... 
O sinal fica sem som, 
A aula sem professor
E o aluno bate com o dedo em meu ombro: 
Mestre, a aula já acabou.



Autor: Desconhecido

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