Madame du Châtelet (1706 - 1749)
Madame du Châtelet |
Deve a seu pai uma educação que raramente era dada às meninas, ele ensinou latim, grego e alemão e com ele, ela aprendeu a tocar cravo, amar a dança e o teatro. Madame du Châtelet foi uma das primeiras pessoas que explicou o cálculo de Newton e o de Leibniz e sempre debateu sobre a comparação entre a filosofía natural newtoniana e o covitalismo de Lebniz.
Aos 19 anos, casou-se por conveniencia com o Marquês Florent-Claude Du Châtelet-Lomont, nobre cavaleiro e oficial do Exército de Sua Cristianísima Majestade. Após três filhos o casamento foi desfeito em comum acordo. Aos 24 aoos teve alguns amante, sendo que desse ajudou e aprofundou seus conhecimentos em literatura e filosofía. Em seguida começou a estudar geometria com o matemático, astrônomo e físico da Academia de Ciencias, Moreau de Maupertuis, um ardente defensor das teorias de Newton.
Conheceu Voltaire (1733), com quem manteria um longo romance e realizaria um grande número de experimentos. Ele a aproximou do Duque de Richelieu e viabilizou sua introdução nos meios científicos e do governo. Voltaire foi, sem dúvida, o mais influente, encorajando-a a aprofundar seus conhecimentos de física e matemática, para os quais, reconheceu, ela tinha habilidades especiais.
A essa época, a palavra cientista não existia, mas, efetivamente, Madame du Châtelet, foi uma das primeiras mulheres a manter documentação capaz de comprovar sua atividade e ser assim chamada. Ela manteve contatos com Claurault, Maupertuis, König, Bernoulli, Euler, Réaumur e muitos outros, aos quais se pode creditar o surgimento das ciências exatas, termo ainda inexistente à época.
Participou (1737) de um concurso da Academia das Ciencias de França, para o melhor ensaio sobre a natureza do fogo. Fez uma revisão da teoria gravitacional de Newton que publicou no Journal des Savants um ano mais tarde. Escreveu um texto de física em francês, intitulado Institucións de Física, publicado de forma anónima (1740). Grávida de um de seus amantes, Jean-François, iniciou (1745) uma tradução comentada do Principia de Newton, porém só publicada postumamente dez anos depois (1759).
Como prevendo uma fatalidade, termina a tradução pouco antes de dar a luz a uma filha. Faleceu poucos dias depois de problemas pós parto e o rei polonês Estanislao I ordenou que se fizessem funerais nacionais em sua honra, e foi sepultada na catedral de Lunéville. Para completar o seu trágico romance de menos de dois anos com o capitão Saint-Lambert, a criança também não sobreviveu.
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