Biólogo da Unisinos desenvolve técnica matemática para calcular corte sustentável de araucárias
É na matemática que um biólogo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) aposta para trabalhar na conservação e recuperação da natureza de forma sustentável.
Carioca, Alexandre Fadigas de Souza chegou ao Rio Grande do Sul atrás de araucárias. Ao constatar que as plantas podem ser compreendidas por meio de modelos matemáticos, o pesquisador se desafiou a projetar o número de plantas que existirão no futuro dependendo do manejo e da conservação florestal adotados hoje.
Depois de reunir informações suficientes sobre a árvore peculiar do Sul, ele trabalha para desenvolver um programa de computador. É nele que fazendeiros, agricultores ou donos de terras poderão calcular o quanto usar de suas árvores sem prejuízo para o futuro.
Em extinção, a araucária é o símbolo do estudo. Espécie considerada pioneira, ela ocupa áreas abertas e tem vida longa – pode viver séculos. Com essas características, já se sabe que elas são muito adequadas para o reflorestamento.
– Temos de saber quantas araucárias seria possível derrubar por ano para continuar tendo árvores disponíveis no futuro. Então, ao usar ferramentas matemáticas estamos começando a desenvolver um trabalho que poderá dizer a um fazendeiro que ele pode tirar uma porcentagem anual porque ela voltará a nascer – explica o professor.
Principal produto da araucária, a madeira de alta qualidade teve o corte proibido por lei, pois não se sabia o quanto era possível tirar sem prejuízos para o futuro da espécie.
– Por causa dessa legislação, hoje os fazendeiros que têm mata de araucária a estão considerando um entrave, então é urgente poder dizer ao governo como liberar o corte com determinados parâmetros e criar uma nova legislação para o corte sustentável – defende o professor.
O intuito vai além de preservar, mas de conciliar a conservação com o uso sustentável do meio ambiente. O estudo começou com as araucárias, mas o projeto, segundo o professor, é ambicioso e poderá, mais tarde, ser estendido para outras espécies.
– Se nós não envolvermos os proprietários rurais no esforço de conservação, as reservas naturais ficarão isoladas em um mar de proprietários hostis e se tornarão ilhas quando, na verdade, precisam formar uma rede na paisagem. Queremos que o produtor ajude a conservar, buscando um uso sustentável – resume o professor.
Carioca, Alexandre Fadigas de Souza chegou ao Rio Grande do Sul atrás de araucárias. Ao constatar que as plantas podem ser compreendidas por meio de modelos matemáticos, o pesquisador se desafiou a projetar o número de plantas que existirão no futuro dependendo do manejo e da conservação florestal adotados hoje.
Depois de reunir informações suficientes sobre a árvore peculiar do Sul, ele trabalha para desenvolver um programa de computador. É nele que fazendeiros, agricultores ou donos de terras poderão calcular o quanto usar de suas árvores sem prejuízo para o futuro.
Em extinção, a araucária é o símbolo do estudo. Espécie considerada pioneira, ela ocupa áreas abertas e tem vida longa – pode viver séculos. Com essas características, já se sabe que elas são muito adequadas para o reflorestamento.
– Temos de saber quantas araucárias seria possível derrubar por ano para continuar tendo árvores disponíveis no futuro. Então, ao usar ferramentas matemáticas estamos começando a desenvolver um trabalho que poderá dizer a um fazendeiro que ele pode tirar uma porcentagem anual porque ela voltará a nascer – explica o professor.
Principal produto da araucária, a madeira de alta qualidade teve o corte proibido por lei, pois não se sabia o quanto era possível tirar sem prejuízos para o futuro da espécie.
– Por causa dessa legislação, hoje os fazendeiros que têm mata de araucária a estão considerando um entrave, então é urgente poder dizer ao governo como liberar o corte com determinados parâmetros e criar uma nova legislação para o corte sustentável – defende o professor.
O intuito vai além de preservar, mas de conciliar a conservação com o uso sustentável do meio ambiente. O estudo começou com as araucárias, mas o projeto, segundo o professor, é ambicioso e poderá, mais tarde, ser estendido para outras espécies.
– Se nós não envolvermos os proprietários rurais no esforço de conservação, as reservas naturais ficarão isoladas em um mar de proprietários hostis e se tornarão ilhas quando, na verdade, precisam formar uma rede na paisagem. Queremos que o produtor ajude a conservar, buscando um uso sustentável – resume o professor.
Os modelos desenvolvidos são Markovianos e baseados em cálculos matriciais. Os cálculos Markovianos projetam cada passo do futuro com base na realidade de anos anteriores. Assim, a vantagem desse cálculo é encontrar uma informação específica de forma rápida, cruzando dados.
Os dados são coletados em campo e organizados em tabelas quadradas, multiplicadas de muitas formas diferentes. A reunião dos dados nas tabelas representa a unificação de muitas informações importantes, mas que antes estavam dispersas. Cada número representa um acontecimento na vida das araucárias.
A partir daí, se manipula matematicamente a tabela, multiplicando cada acontecimento (matriz) por ele mesmo várias vezes, para simular se o presente continuará semelhante no futuro. Estas multiplicações matriciais permitem que se descubra se o número de araucárias varia, tem ciclos, aumenta ou diminui.
O agricultor poderá contar quantas árvores tem na propriedade e, no programa que será feito, multiplicar essa quantidade por todos os dados já coletados. As simulações feitas no programa poderão indicar se o número de árvores se mantém apesar da intensidade do corte praticado.
Referências: