Desenhos nas cavernas |
A ciência Matemática surgiu para resolver problemas de ordem prática, seja para diferenciar quantidades, analisar espaços ou prever o período de possíveis colheitas. Atualmente Matemática está presente nos diversos campos da atividade humana contribuindo na estrutura do pensamento e do raciocínio dedutivo.
Já a Arte surgiu como linguagem, como manifestação do homem em estabelecer formas de comunicação e atualmente propicia a expansão do mundo cultural dos indivíduos abrindo espaço à participação social, mobiliza sentidos e capacidades essenciais para o desenvolvimento humano, como imaginação e observação.
Aparentemente antagônicas, tanto Matemática quanto Arte surgiram das necessidades humanas. De fato, encontra-se nas cavernas desenhos pré-históricos, como também de registro de contagens, mostrando uma conexão entre as duas áreas do conhecimento desde os primórdios. A Matemática e a Arte se integram em vários caminhos favorecendo o desenvolvimento do pensamento crítico, da autonomia intelectual, da sensibilidade e da criatividade.
Para o professor Irineu Bicudo (2003), a origem da palavra matemática, vem do grego e em textos antigos apresenta-se como aprender por experiência, ou ainda como conhecimento, aprendizagem, ou “aquilo que é aprendido”. D`Ambrosio (2005) define os termos máthema como ensinar (equivalente a conhecer, entender, explicar) e techné como tica (correspondendo a técnicas e artes). Logo, conclui-se que Matemática é conhecer técnicas, ensinar artes, ou ainda entender técnicas e artes.
Segundo o dicionário do Aurélio, Arte é a capacidade que o homem tem de colocar em prática uma idéia e ela pode ser manifesta por meio de elementos visuais e táteis, reproduzindo formas da natureza ou realizando formas imaginarias. Compreendem, entre outras, o desenho, a pintura, a gravura e a escultura. Devlin (2004), afirma que a matemática é a ciência dos padrões, da ordem e da regularidade. E complementa que matemática é a ciência da beleza das formas, da intuição, da criatividade. Logo, conclui-se que não é possível existir Matemática sem imaginação, nem arte sem conhecimento.
Obras de Arte |
Thuillier (1994), enfatiza a necessidade dos artistas do Renascimento, usar em suas obras, recursos matemáticos, principalmente ligados à perspectiva e à utilização do número áureo. Os usos de tais relações matemáticas inferem diretamente na observação da natureza, por parte dos filósofos gregos, detentores do conhecimento formal matemático ao qual denominaram de Geometria. Doczi (1990), analisa as produções humanas voltadas à Arte relacionando-as com a Matemática.
De acordo, Fainguelernt e Nunes (2006), Matemática e Arte desenvolver a intuição e a imaginaçãoo, além disso, o exercício de ambas é uma atividade fundamental para o desenvolvimento integral do ser humano e, consequentemente, é essencial para a evolução da própria sociedade. Ele possibilita ao cidadão sua inserção no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura.
Referências:
BICUDO, Irineu. O Nome “Matemática” Folhetim de Educação Matemática. Feira de Santana: UEFS, 2003.
D’ AMBROSIO, Ubiratan. Um Enfoque Transdisciplinar à Educação e à História da Matemática. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani e BORBA, Marcelo de Carvalho (org). Educação Matemática, pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2005.
DEVLIN, Keith. O Gene da Matemática. Rio de Janeiro: Record, 2004.
DOCZI, György. O Poder dos Limites: Harmonias e Proporções na Natureza, Arte e Arquitetura. São Paulo: Mercuryo, 2006.
FAINGUELERNT, Estela Kaufman; NUNES, Kátia Regina Ashton. Fazendo Arte com a Matemática. Porto Alegre: Artmed, 2006.
D’ AMBROSIO, Ubiratan. Um Enfoque Transdisciplinar à Educação e à História da Matemática. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani e BORBA, Marcelo de Carvalho (org). Educação Matemática, pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2005.
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurelio: versão 5.0 edição revista e atualizada: Dicionário eletrônico. Curitiba: Positivo, 2006.
THUILLIER, Pierre. De Arquimedes a Einstein: A face oculta da invenção científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
THUILLIER, Pierre. De Arquimedes a Einstein: A face oculta da invenção científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
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