Quando olhas para mim...
Os números racionais viram irracionais
Os reais imaginários
E os complexos ficam perplexos
Quando olhas para mim...
O triângulo fica móvel
O círculo, quadrado
E o quadrado fica reverso
Quando olhas para mim...
Os conjuntos ficam sem elemento,
Os subconjuntos, maiores que os conjuntos
E o vazio desaparece.
Quando olhas para mim...
Os múltiplos viram primos,
Os primos, irmãos
E todos os números são divisíveis
Quando olhas para mim...
Os deltas ficam negativos,
As equações não têm raízes
E as funções sem domínio.
Quando olhas para mim...
As derivadas ficam sem limite,
Os gráficos, sem inflexão
E as tangentes nem se tocam.
Quando olhas para mim...
Os poliedros ficam sem faces,
O côncavo vira convexo
E o teorema de Euler fica sem nexo.
Quando olhas para mim...
O sistema fica impossível,
A matriz redonda
E o determinante se anula
Quando olhas para mim...
O sinal fica sem som,
A aula sem professor
E o aluno bate com o dedo em meu ombro:
Mestre, a aula já acabou.
Autor: Desconhecido
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