sábado, 21 de maio de 2011

Matemática "Versos Poéticos"


 
Olhei e vi uma equação.
A expressão nada me dizia.
Eu, lia, mas nada entendia.
O que era o x?
A incógnita? A raiz?
Abri o livro e comecei a ler.
A equação era o equilíbrio.
Solução era a raiz.
As regras eram simples.
Elas mantinham sempre o equilíbrio.
 



Euclides, Euclides...
Tu que já descansas lá no Céu há
mais de dois mil anos.
Depois de ti ninguém escreveu
como tu uma obra de Geometria tão clara,
simples e lógica.
Bem podias estender a mão
a um satélite e ligares-te à Internet.
Compreenderias porque hoje
os alunos de todo o mundo
sabem tão pouca geometria
e escreverias de novo para eles
e para todos nós.
 



Descartes colocou tudo nos eixos,
Cupido enviou os vetores,
E no quadriculado, de mãos dadas,
 
Ficaram a Geometria e a Álgebra. 
 
 
 
O artesão partiu das retas
Formou ângulos, triângulos e polígonos
E seguindo a sua lógica ele foi fazendo.
Quando reparou já tinha um cesto.
Mas a Geometria que o cesto tinha
Já era tanta,
Que dentro do cesto já não cabia.
Aumentava o cesto
Mas também aumentava a Geometria.
Nunca mais acaba a construção do cesto
Porque nunca mais acaba a Geometria.
 
 
 
 
As pétalas para contar
A simetria para desenhar
O ângulo para rodar
A Matemática para pensar
 
 
 
 
Flor, fruto, flor, fruto, flor...
Sucessão da natureza.
Dois, quatro, seis, oito...
Sucessão de Matemática.
Quem gosta de Matemática
Tem de gostar da Natureza.
Quem gosta da Natureza
Aprenderá a gostar da Matemática.
 
 
 
 
O chá arrefece com o tempo,
As plantas florescem com o tempo,
A Matemática aprende-se com o tempo,
A vida vive-se com o tempo.
O que é que não é função do tempo?
 
 
 
 
Função,
Função de função,
Função de função de função.
Sempre função.
Tudo começa e tudo acaba
Em função de... 
 
 
 
 
Da realidade para a Matemática
Da Matemática para a realidade
Do crescimento e decrescimento exponencial
Para a notícia na comunicação social.
 
 
 
 
Com um duplo cone e um serrote
Apolónio mostrou ao mundo
Elipses, hipérboles e parábolas.
Eram formas tao perfeitos,
Que na Matemática
Já tinham uma equação.
A sua beleza e harmonia
Levaram-nos do plano para o espaço
E também de Apolónio ao nosso dia-a-dia.
 
 
 
 
Do real para o imaginário
Do abstrato para o concreto
Num percurso de pensamento
Encontrarás a Matemática
Agarra-a com empenhamento.
E nunca mais ficarás só.
 
 
 
Quanto tempo gastou Arquimedes
Para desenhar retângulos e retângulos
C
ada vez de menor base,
Até chegar à área de uma curva?
Arquimedes, Arquimedes,
Que paciência a tua.
Mas mostraste ao mundo
Que a Matemática ensina
Não a dizer: não sei
 
Mas a dizer: ainda não sei. 
 
 
 
O mar para atravessar,
O
Universo para descobrir,
As pirâmides para medir.
Tudo existia, menos a trigonometria.
Construíram-se triângulos,
Mediram-se ângulos,
Fizeram-se cálculos e
Quem sonharia que à Lua se iria?
 
 
 
 
Onde estão os fenómenos periódicos?
Na Física, Biologia, Economia,...
Onde estão os seus modelos matemáticos?
Nos senos e co-senos da Trigonometria.
 
 
 
 
Trigonometria, Álgebra e Geometria,
Tudo junto para complicar.
Mas as relações são tão interessantes
Que até dá gosto estudar.
 
 
 
 
Matemática, Matemática
Para que serves tu?
Para dar força e autoconfiança
A quem me consegue tratar por tu.
 

Autora: Maria Augusta das Neves
(Combinação de diversos versos da autora)
 
 
Referência:
 
Site:Augusta Neves 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Questão 178 da prova azul do segundo dia do Enem 2020

(Enem 2020) Suponha que uma equipe de corrida de automóveis disponha de cinco tipos de pneu (I, II, III, IV, V), em que o fator de eficiênc...